sexta-feira, 20 de abril de 2012

Gol contra: militância sem oração, sem penitência e sem caridade não consegue levar a Missa Tridentina a ninguém.


Sem esforço para santidade, não há credibilidade.

É algo muito comum nos meios tradicionais (defensores da Missa Tridentina), de que a Fé seja uma mera especulação filosófica e doutrinal, sem qualquer vinculação com as práticas de caridade (prática do bem através da misericórdia corporal e espiritual), oração (devoção e busca meditativa de sabedoria e discernimento) e penitência (conversão concreta de costumes e abstenção do mal), sem falar em uma catequese sadia e tradicional.

O orgulho cega os militantes e a falta de caridade e de mansidão no trato com as pessoas mais provoca afastamento do que simpatia pelo movimento pela restauração católica (eu mesmo mantenho segura distância de certas atitudes e de certas pessoas de "prestígio" nesse meio). Isso não quer dizer que tenhamos que nos calar. Nunca! Mas devemos usar a caridade e a mansidão para expormos uma fé vibrante e sólida que se revela por uma caridade ardente e sincera. Contra esses fatos, nunca haverá argumentos!

Tornar-se santo e pregar pelo exemplo é o melhor apostolado leigo. "Pregue o evangelho a todo o momento; use palavras se for necessário", segundo S.Francisco de Assis. O próprio S.Vicente de Paulo exortava seus padres a conquistar as almas pela mansidão e pela humildade no trato com os pobres a serem catequizados. É uma pena que nossos amigos "tradicionais" prefiram seguir um modelo de militância contraproducente, antipatizante e desgastante. Pessoalmente, sempre defendi que invocar o Concílio de Trento contra o modernismo (que o rejeita e, assim, comprova a má-fé ou a ignorância dos modernistas) sem, no entanto, usar o próprio Concílio Vaticano II contra tal heresia seria um tiro pela culatra, pois a linha doutrinal do Vaticano II já revela, tanto na teoria quanto na sua aplicação prática atual (=frutos), tantas contradições em face do que seja católico(por exemplo, o uso do latim, nunca abolido; as devoções tradicionais da piedade popular, sempre em voga; o maldito ecumenismo,condenado por Pio XI em "Mortallium Animos" - o fim da pregação contra heresias e ideologias malévolas, a falta da divulgação catequética e apologética da doutrina católica, o início da promiscuidade dos católicos com doutrinas insanas e mundanas, a igualdade da única esposa casta de Cristo com prostitutas infiéis e heréticas, num reconhecimento da "dignidade de outras religiões", já que passamos a perder tempo discutindo o que temos em comum enquanto membros dessas mesmas religiões martirizam os católicos ou perseguem sua doutrina - contrariamente ao que pregou Cristo quando de sua Ascenção: "ide e pregai a todos os povos tudo o que vos ensinei", deixando a Igreja de ser missionária e jogando séculos de missões ao lixo; abolição da catequese tradicional, que rejeita mundanismos de "conciliação com o mundo" e exige uma melhor moral e um forte senso do sobrenatural)que o feitiço (modernista) se volta contra o feiticeiro (doutrinas mundanas e seus seguidores pseudo-católicos).


Não dá para arrebanhar simpatizantes da Missa Tridentina sem que haja pessoas de oração e devoção (só pessoas orantes e devotas se adaptam à Missa Tridentina), sem pessoas penitentes e caridosas (sem conversão de costumes e sem caridade, não passarão de fariseus e péssimos exemplos, até de pedras de tropeço para os outros - como conseguir ser um bom católico sem boa catequese, sem oração, sem caridade e sem penitência?). Justamente por falta desse ambiente, milhões de pessoas desesperadas e desorientadas, mas que seriam ótimos fiéis se fossem bem conduzidas, acabam nas garras do protestantismo, da bruxaria, do ateísmo prático e do crime, empurrando toda uma civilização para o abismo. Os fins devem ser bons, mas igualmente seus princípios e seus meios o devem ser, ou a finalidade não será atingida.



Sem esforço para a santidade, não há credibilidade.

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